sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A conquista da razão

Se hoje não podemos conquistar pelo coração, logo de cara, conquistemos pela razão, aos poucos. Você é conquistado pelo coração quando tem aquele desejo maior, uma vontade de ver a pessoa e a idéia de que não existe outra no mundo. Já pela razão você pesa tudo que a pessoa fez pra você pra te conquistar, pra estar com você e se você sente alguma atração por ela, aí se deixa levar. Deixe-se conquistar pela razão, o coração se conquista com o tempo e, quase sempre, se engana. É mais ou menos assim:

“Eu sei que o quarto principal da casa principal no seu coração está ocupado, mas não importa, eu fico com aquele quartinho dos fundos onde se guarda as coisas que não se usa. Um belo dia eu saio pra ver as estrelas a noite e acabo dormindo na varanda, aí você, que gosta de mim um pouquinho, me convida a entrar por causa do frio e eu durmo ali pela cozinha. Você acorda e tem um maravilhoso café da manhã te esperando, a tarde passa um jogo do teu mengão e você me chama pra assistir com você. Anoitece e, ali pela sala mesmo, eu pego no sono. Você vem, traz cobertas e me cobre, enquanto durmo. Dormindo ali eu fico por uns dias, até que um dia o ocupante do quarto principal se distrai e quem dorme lá sou eu. Ele se ajeita ali pela sala, inconformado (ou talvez nem perceba). Passa outro jogo do teu mengão, mas ele não gosta, aí ele vai pra cozinha. Acaba ficando por lá mesmo. Um belo dia você acorda e ele sumiu. Se você procurar, vai achá-lo lá no hotel dos amigos, um lugar onde se encontram as pessoas que são ou já foram importantes na sua vida. De lá ele não vai sair, tem o quarto vitalício que só pode ser derrubado pelo ‘demolidor’ esquecimento. Agora ele está lá e, enquanto isso, na casa principal, estamos nós. Conquistei a casa principal do seu coração.

Se foi difícil dormir com as coisas inúteis naquele quartinho nos fundos? Foi! Se senti solidão, dormindo lá fora, olhando pras estrelas? Senti! Se senti frio deitado no chão da cozinha? Muito! Se fiquei com dor nas costas de dormir naquele sofá por algum tempo? E põe dor nisso! Mas, sabe de uma coisa? Faria tudo de novo porque quem acredita em alguma coisa luta por isso até se tornar realidade e desistir não está no dicionário de um sonhador. Ele não era digno de estar nesse quarto principal, só tomei o que era meu por direito.”

Eu estava deitado na cama, sem conseguir dormir e comecei a viajar (como sempre!), mas se você ler direito, interpretando cada etapa e os motivos pra cada coisa acontecer, vai perceber que não é uma total viagem. Pensei nesse lance de ‘coração ocupado’ ou ‘espacinho no coração’ e saiu isso aí. Não consegui dormir, aí vim escrever. Tomara que agora dê sono! (y)

Um comentário:

Kykka. disse...

PUTAQUEPARIU que lindo. *-*

Amei, sempre que postar coisas novas, me avise...

Beijos,

@tentadenovo. (;